Constitui, o principal conjunto arquitectónico sintrense. Classificado como Monumento Nacional e como Património da Unesco, ergue-se dominante, no centro da Vila. O Paço Real de Sintra na sua actual expressão, revela-se como o somatório de duas grandes campanhas de obras. A primeira, relativa à fundação, teve lugar em inícios do século XV e por vontade do rei D. João I, e a segunda, em inícios do século XVI, por impulso de D. Manuel I. Aqui encontramos elementos tipicamente europeus desde as arcadas góticas de D. João I, às exuberantes portas e janelas manuelinas. O colossal par de chaminés cónicas, verdadeiro ex-líbris do Palácio e da própria Vila de Sintra. Os seus forros de azulejos e os preciosos pavimentos constituem a mais vasta e rica série de azulejaria mudéjar existente no Mundo.
O palácio divide-se em vários espaços, a saber:


Sala dos Brasões - Este espaço representa o expoente máximo da intervenção manuelina no Palácio e a mais importante sala heráldica europeia, numa alegoria evidente ao poder centralizado de Dom Manuel I, cujas armas portuguesas, encimadas por dragão alado, fecham a cúpula oitavada. Rodeiam-nas os brasões dos oito filhos havidos do seu segundo casamento com Dona Maria, filha dos Reis Católicos. Num nível inferior, encontram-se pintados os brasões das setenta e duas famílias nobres mais influentes do reino, de acordo com a inscrição que rodeia toda a sala: “pois com esforços leais serviços foram ganhadas com estas e outras tais devem de ser conservadas”.
Capela - Fundada por Dom Dinis no inicio do século XIV, a Capela Palatina tem a evocação do Espírito Santo, cujo culto foi introduzido em Portugal pela Rainha Santa Isabel. Este espaço religioso cristão é mais um exemplo do encontro de culturas que ao longo dos séculos aqui se cruzaram, muito marcado pelo mudejarismo, caracterizado pela permanência de elementos típicos da arquitectura e artes decorativas muçulmanas em pleno período cristão.
Cozinha - Construída durante a campanha de Dom João I, nos inícios do século XV, como um corpo independente para prevenir incêndios e a propagação de fumos, a cozinha do Paço de Sintra tornou-se de imediato célebre pelas suas chaminés de trinta e três metros de altura, que se tornaram no ex-libris da vila de Sintra. A cozinha foi equipada com uma série de fornalhas adossadas à parede poente e dois grandes fornos. No século XVIII, a colocação da estufa em ferro permitia manter quentes os pratos que iriam ser servidos no Palácio. A dimensão da cozinha e das suas chaminés estará relacionada com os grandes banquetes em que eram servidas peças de caça grossa, à época abundante na serra de Sintra, provenientes das inúmeras montarias e caçadas, a que a Família Real e a corte se dedicava e que representaram um dos atractivos de Sintra ao longo dos séculos. Após seis séculos e salvaguardadas as necessárias condições de segurança, as cozinhas do Paço de Sintra continuam a ser utilizadas como apoio aos banquetes ocasionalmente realizados no Palácio.
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