25/05/06

Livre



Mergulho nesse olhar impenetrável, que nada me diz, que não me deixa entrar, é nele que me perco e que me deixo ir ao abandono de um gesto, de um abraço infinito, profundo.
Talvez...possa ficar só mais um pouco desta vez para saborear esse sorriso, esse ar displicente que se prende ao meu ser.
És mesmo assim, ou é assim que te vejo? Às vezes penso que sonho, que te desenho no papel da minha imaginação e com isto te trago para mais perto, tão perto que dá para sentir o teu respirar, o calor da tua pele...
Elevas-te muito além da minha compreensão, foges para onde não te possam encontrar e ficas livre...tão livre como só tu sabes ser, livre até me deixares de novo entrar nesse olhar, tenho medo, de finalmente te perceber, e não mais te encontrar, mesmo que estejas ali à minha frente.

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